Casos de Óvnis no Reino Unido

 

Replica da nave vista nos dias 26 e 28 de dezembro de 1980


Nossa história começa nos anos 50, mas seus ecos reverberam até hoje. O Reino Unido sabia de vários desses casos, mas preferiu não divulgar. Agora é hora de abrir os Arquivos Secretos de OVNIs do Reino Unido e desvendar esses mistérios.

Desde a década de 1950, a RAF (Royal Air Force) recebia relatos de objetos estranhos nos céus. Foi então que o Ministério da Defesa (MoD) criou um departamento específico para lidar com os OVNIs. Esse setor ficou conhecido como “UFO Desk” e operou de forma quase secreta até 2009.

Quando os jornalistas descobriram a existência desse setor, pressionaram o governo para que essas informações fossem reveladas ao público. Em 2009, o MoD admitiu publicamente que recebia “centenas de relatos por ano”, mas alegava que nenhum representava uma ameaça.

Ao acessar o site oficial do MoD, é possível encontrar diversos relatos de cidadãos comuns. Muitos desses casos foram encerrados sem qualquer conclusão convincente.

O Incidente da Floresta de Rendlesham

Essa é uma das histórias mais intensas sobre OVNIs no Reino Unido. Envolve uma série de avistamentos de luzes e objetos inexplicáveis, incluindo o suposto contato direto de militares americanos com uma dessas naves.

O caso ocorreu entre duas bases aéreas dos EUA na Inglaterra: Woodbridge e Bentwaters, localizadas na costa leste. Juntas, elas abrigavam cerca de 12 mil militares. Inclusive, essas bases armazenavam armas nucleares da OTAN.

Nas primeiras horas da manhã de 26 de dezembro de 1980, o militar John Burroughs patrulhava um dos portões quando seu superior, Stevens, o convidou para dar uma volta de caminhonete. Foi então que eles avistaram luzes estranhas sobre a floresta de Rendlesham.

Jonh Burroughs

Eles voltaram à base e acionaram os superiores. O Sargento James Penniston foi enviado ao local, acompanhado de Burroughs e mais um militar.

James Penniston

Ao chegarem à floresta, encontraram um objeto estranho cercado por uma luz muito forte. Penniston utilizou uma câmera militar para registrar o evento e começou a anotar suas observações. Curiosamente, sua caligrafia mudava à medida que escrevia.

Segundo suas anotações, "o objeto tinha uma superfície e material desconhecidos, não possuía trem de pouso, não emitia som, mas parecia estar ligado". A nave apresentava desenhos enigmáticos e alguns símbolos com cerca de um metro de altura.

Penniston chegou a tocar o objeto e relatou que sua textura era semelhante à do vidro e do metal. Ao tocá-lo, uma sequência de números binários (com zeros e uns) surgiu em sua mente como uma visão. A nave emitiu luzes intensas, obrigando os militares a se esconderem — e, em seguida, desapareceu.

Ao retornarem à base, contaram uma versão "amenizada" dos fatos, temendo parecerem loucos. Penniston, incapaz de dormir, voltou à floresta, fez moldes de gesso das marcas no solo e guardou todas as anotações, fotos e desenhos.

O Retorno da Nave

Charles Halt

No dia 28 de dezembro, a nave voltou a aparecer. Charles Halt, o comandante da base, foi avisado durante uma festa e foi pessoalmente ao local, levando medidores de radiação e gravadores. Embora a nave já tivesse ido embora, ele decidiu ficar e investigar.

Percebeu que os galhos das árvores estavam quebrados e que os equipamentos dos militares começaram a falhar. De repente, uma luz muito forte surgiu, perseguiu os soldados e depois voou em direção à base. Burroughs foi atingido por uma luz azul e desapareceu momentaneamente. Quando reapareceu, a nave havia sumido.

Os superiores exigiram que todos relatassem o ocorrido. Halt precisou redigir um memorando com todos os detalhes. A intenção era alertar o Ministério da Defesa.

O ministério, no entanto, alegou que o ocorrido não passava de um engano: a luz seria de um farol a 8 km da floresta. As gravações feitas por Halt foram vendidas ao canal Syfy, que as publicou na íntegra. As fotos tiradas teriam saído em branco, mas três imagens foram posteriormente reveladas.

Os números binários recebidos por Penniston foram decodificados por um especialista. Supostamente, a mensagem era:  

“Exploração contínua da humanidade para o avanço planetário.”

As explicações oficiais para o caso incluíam: a luz do farol, a queda de um meteoro próximo às bases e até marcas feitas por coelhos no chão. Já os galhos quebrados seriam resultado do trabalho de silvicultores.

Caso Calvine

No dia 4 de agosto de 1990, duas pessoas faziam trilha em Calvine, na Escócia, quando avistaram um grande objeto voador em forma de diamante pairando no céu. Esconderam-se atrás de uma moita e tiraram seis fotos.

Foto oficial do Caso Calvine 

Eles entregaram os negativos ao jornal escocês Daily Record, que optou por não publicar nada e repassou o material ao Ministério da Defesa. As fotos permaneceram arquivadas por 32 anos.

Foi então que o jornalista britânico David Clark, no início de sua carreira, recebeu o conselho de escolher uma especialidade. Ele optou por investigar o sobrenatural — e logo esse caso caiu em suas mãos.

David Clark

Clark procurou o MoD, que disse ter devolvido as fotos ao jornal. O Daily Record, por sua vez, negou ter recebido qualquer material de volta.

Após 13 anos de investigação, Clark descobriu uma pista. Ao entrar em contato com Craig Lindsay, ex-assessor de imprensa da RAF, descobriu que uma das fotos ainda existia.

Graig Lindsay


Craig havia guardado a imagem esperando que os donos reaparecessem. Concordou em entregá-la a Clark, com a condição de que o jornalista tratasse o caso com seriedade. Clark revelou a imagem, mas nunca conseguiu confirmar quem eram os autores da foto.

Sabe-se apenas que possivelmente eram dois homens que trabalhavam em um hotel local. Um conhecido deles relatou que viu os dois sendo abordados por homens vestidos de preto. Depois disso, os dois começaram a agir de forma estranha e pediram demissão.

Uma explicação possível é que a imagem tenha sido manipulada, o suposto objeto seria o reflexo de uma montanha em um lago. Outros acreditam que se tratava da "Aurora", uma aeronave ultrassecreta supostamente desenvolvida pelos Estados Unidos nos anos 80, embora o governo norte-americano negue sua existência.






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